quinta-feira, 10 de maio de 2012

10 de maio - BEM-AVENTURADO HENRIQUE REBUSCHINI

Bem-aventurado Henrique Rebusquini, padre Camiliano


Nesta memorável data – 10 de maio – a Igreja e a  Familia Camiliana celebram a memória do bem-aventurado Henrique Rebuschini. Nasceu  em  Gravedona, Itália, no dia 28 de abril de 1860, de família remediada. Fez seus estudos na localidade até o título de contador. Superada a oposição do pai para ingressar na carreira sacerdotal, em 1885 transferiu-se para Roma, como aluno do Colégio Lombardo. Após três semetres de estudos de teologia na Universidade Gregoriana, retornou para a família por razão de doença. No dia 27 de setembro de 1887 ingressou na Ordem dos Ministros dos Enfermos, em Verona, e foi ali ordenado sacerdote, em 14 de abril de 1889, pelo então bispo de Mântua, D. José Sarto, hoje São Pio X. Afora dois breves períodos em casa de formação, passou toda a sua vida a serviço dos doentes, em Verona, de 1891 a 1899, depois em Cremona, até o dia 10 de maio de 1938, data da sua morte. Homem sereno, sensível às necessidades das pessoas, acolhedor, de grande equilíbrio. Foi beatificado pelo Papa  João Paulo II no dia 4 de maio de 1997, em Roma.

No dia de sua beatificação o Papa João Paulo II disse as seguintes palavras :

Também o Beato Enrico Rebuschini caminhou de modo decisivo, ao longo da sua existência, para aquela «perfeição da caridade», [...] Na esteira do Fundador, São Camilo de Lellis, testemunhou a caridade misericordiosa, exercendo-a em todos os âmbitos em que atuou. O seu firme propósito de «consumar o próprio ser para dar Deus ao próximo, vendo nele o próprio rosto do Senhor», empenhou-o num árduo caminho ascético e místico, caracterizado por uma intensa vida de oração, por um amor extraordinário pela Eucaristia e pela incessante dedicação aos doentes e aos que sofrem.

Ele tornou-se um ponto de referência seguro tanto para os Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos, como para a Comunidade cristã de Cremona. O seu exemplo constitui para todos os crentes um premente convite a estarem atentos aos que sofrem e aos doentes no corpo e no espírito”.

Peçamos a Deus a graça de seguir Jesus, o Bom Samaritano, como fez bem-aventurado Henrique Rebuschini.

ORAÇÃO

Ó Deus, que cumulastes com o espírito de amor para com os doentes o coração do bem-aventurado presbítero Henrique Rebuschini, fazei que, seguindo seu exemplo, nos dediquemos às obras de misericórdia, praticando com alegria o mandamento novo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

BIOGRAFIA

Henrique nasceu em 28 de abril de 1860. Cinco anos depois sua família mudou-se para Cremona, Itália. Henrique após concluir seus estudos primários e secundários, inscreveu-se na Universidade de Pávia, onde não passou do primeiro ano, porque lá a mentalidade corrente era fortemente positivista.
Voltando para a cidadezinha de Como, onde vivia sua família, prestou serviço militar e formou-se em Contabilidade, sendo diplomado em 1882. trabalhou no comércio, mais ou menos, quatro anos, entretanto não foi bem sucedido, algo lhe atormentava os pensamentos. Efetivamente, depois de três meses longe do comércio, Henrique vai para o Colégio Lombardo, em Roma, para cursar teologia na Universidade Gregoriana, onde não fica por muito tempo.
Em 1885, Henrique agrega-se ao clero local. Recebe a tonsura e as Ordens menores. Um ano depois, repentinamente, cai numa profunda depressão. Ele larga o seminário. Volta para sua família. Em Como se tratou e por algum tempo esteve internado num hospital (sanatório). Após várias recaídas e soerguimento, o jovem Henrique foi acolhido na Casa Santa Maria do Paraíso, em Verona, no dia 27 de setembro de 1877. Quem o recebeu foi o Padre José Sommavilla.
Henrique Rebuschini foi admitido ao Noviciado, no dia 8 de dezembro de 1887. Ele estava com 28 anos de idade e três semestres de teologia na Gregoriana. Henrique foi ordenado padre na Capela da Comunidade de Mãntua, no dia 14 de abril de 1889. O bispo ordenante foi Dom Giuseppe Melchiorre Sarto (1835-1914), futuro Pio X, o “Papa da Eucaristia”, muito simpático aos padres Camilianos.
A primeira tarefa do padre Rebuschini foi ensinar e ajudar ao Mestre de Noviços. Função a qual não se adaptou. Então foi destinado ao serviço pastoral hospitalar, no qual encontrou serenidade e dedicou-se profundamente. Foi capelão em Verona de 1890 a 1895  e de 1896 a 1899.
No ano de 1899, o Padre Rebuschini  foi transferido para Cremona, no mês de maio. Os Camilianos estão nesta cidade desde 1854. Em 1912, Padre Henrique Rebuschini, foi nomeado Superior da comunidade cremonense. Como era ecônomo, acumulou mais a responsabilidade da casa. Sofreu bastante, pois muito próximo eclodia a Primeira Grande Guerra (1914-1918).
Padre Rebuschini cultivava uma vida interior, de oração profunda. Quando presidia a missa era exímio e zeloso. Ele foi um dos primeiros padres a valer-se da autorização eclesiástica dada por Pio X, o qual permitia rezar a missa no quarto dos enfermos.
No início do mês de maio de 1938, adoeceu com pneumonia. As forças de Padre Henrique Rebuschini enfraqueciam-se. Sua partida foi serena. Recebido o santo Viático, cruzou os braços e ficou absorvido em oração. Passou o dia e a noite com gradual agravamento. Morreu no dia 10 de maio de 1938.
Após um longo caminho e demora no processo de beatificação, Padre Henrique Rebuschini foi reconhecido Bem-aventurado no dia 4 de maio de 1997, na praça São Pedro, por sua Santidade o Papa João Paulo II.

                                                                                  [Aécio, religioso e Pe. Gilmar, Camilianos]

SAV - Equipe

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