sábado, 29 de novembro de 2014

O Tempo do Natal



O Sentido do Advento

A cada ano, nós, cristãos revivemos as etapas mais importantes da vida de Jesus Cristo: a encarnação, a morte, a ressurreição, as ascensão e Pentecostes. Esta celebração que acontece ao longo de um ano é denominada Ano Litúrgico. Ele é assim chamado devido sua diferença de calendário, festa e ano civis. Nele celebramos aquilo que é o seu coração: o Mistério Pascal de Cristo, isto é, todos os feitos salvíficos realizados por Deus em Jesus Cristo.

Diferente do ano civil, no qual somos orientados pelas estações (verão, inverno...) e pelas comemorações cívicas (Independência, Carnaval...); o Ano Litúrgico não tem data fixa para começar nem para acabar. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, terminando no sábado da 34ª Semana do Tempo Comum, após a Solenidade de Cristo Rei do Universo.

Quando um Ano Litúrgico finda-se, naturalmente segue o outro, sempre marcado pela dinâmica A, B e C, correspondendo aos evangelistas: Mateus (Ano A), Marcos (Ano B) e Lucas (Ano C). O Evangelho segundo João entra um pouco por tudo, ou seja, ele é lido durante todo o ano, especialmente nas festas e solenidades. Essa disposição favorece, sobretudo nos domingos do Tempo Comum a leitura de um Evangelho durante o ano. O início do novo Ano Litúrgico é marcado pela celebração do Advento (palavra do latim Adventus – que significa vinda, espera, chegada). É um tempo que começa no domingo mais próximo à festa do apóstolo André, irmão de Simão Pedro (30 de novembro), compreendendo quatro domingos. 

1º Domingo – somos convidados em clima de espera a mantermo-nos atentos aos sinais do tempo, vigilantes e orantes.
2º Domingo – a figura de João Batista aparece, ele é o precursor de Jesus, convidando-nos à conversão e a preparação dos caminhos do Senhor.
3º Domingo – é chamado “Gaudete”, ou seja, o domingo da alegria. Com Maria somos impulsionados ao testemunho do amor, expressado no serviço ao próximo.
4º Domingo – com José e Maria, a mãe de Jesus, escutamos o anúncio do nascimento do Emanuel, Deus-Conosco, o salvador da humanidade inteira.  

Esses quatro domingos simbolizam as quatro estações do ano solar e as quatro semanas do mês lunar. Temos o costume de presentificar este simbolismo confeccionando a coroa do Advento, com quatro velas: roxa, vermelha, verde e branca. Neste tempo destacam-se as personagens bíblicas: o profeta Isaías, João Batista e a Virgem Maria. Eles representam e nos aponta o verdadeiro sentido de celebrarmos este tempo de preparação e expectativa para a tão aguardada vinda do Menino Jesus.

Esse menino que os céus nos deu é o Cristo, o ungido de Deus. Ele é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Graças a Ele, a história da humanidade avança numa peregrinação para a plenitude e consumação do reino de Deus entre nós, pois foi Ele mesmo quem inaugurou esse tempo de salvação, encarnando-se em nossa história, vencendo a morte e todo o pecado.

O sentido profundo do Advento, portanto reside na celebração da  esperança, não uma expectativa vã de um Deus desprovido de rosto, mas a confiança concreta e certa de que o “Sol nascente nos veio visitar”. Vivenciamos uma espera que encoraja e anima nossa posição de sentinela, isto é, permanecer vigilantes na oração, consciente de que o Reino de Deus se aproxima. Por isso Advento não é um tempo penitencial, no sentido próprio e litúrgico é um período de moderação e de esperança. É um tempo muito diferente da Quaresma, embora não se cante o “Glória” e a cor litúrgica é a roxa. O Advento acima de tudo exorta todos os fiéis cristãos a se preparem dignamente para celebrar o aniversário da vinda do Senhor ao mundo. 

Fonte: arquivo pessoal

SAV - Equipe

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