Papa se encontra com 800 delegadas da União Internacional de Superioras Gerais, cuja assembleia plenária acaba de terminar em Roma
ROMA, 07 de Maio de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco se encontrará amanhã, 8 de maio, com 800 religiosas procedentes de 75 países, que participaram, de 3 a 7 de maio, na Assembleia Plenária da União Internacional de Superioras Gerais (UISG), em Roma. O encontro com o papa acontecerá na Sala Paulo VI antes da audiência geral. As delegadas representam 1.900 ordens e congregações femininas, uma importante parte da Igreja que conta com cerca de 700.000 religiosas nos cinco continentes.
"Estamos vivendo um tempo de caos, de noite, de escuridão. Como podemos seguir em frente com esperança quando somos todos tentados a ceder ao desânimo? O caos é potencialmente um bem, mas estamos dispostos a acolhê-lo?", questiona a irmã Mary Lou Wirtz, presidente da UISG, cuja XIX Assembleia Plenária refletiu sobre “O Serviço da Autoridade conforme o Evangelho”.
Para a irmã Wirtz, as religiosas são chamadas "a sair da conformidade, a estar a serviço dos outros. O papa Francisco, falando das mulheres, disse que elas foram as primeiras testemunhas da ressurreição. Nós buscamos respostas em conjunto para olhar para o futuro crescendo no trabalho lento de Deus, mas muitas vezes gostaríamos de ver e de fazer as coisas com rapidez, de imediato".
Diferentes em carisma e em cultura, as irmãs da UISG estão unidas por uma identidade que se enraíza no seguimento de Cristo através da vida religiosa. E é precisamente a organização da vida comunitária o que esteve no centro dos trabalhos da assembleia, com atenção particular para o exercício da autoridade.
Em declarações à agência SIR, a irmã Arregui, secretária executiva da UISG, declarou: "Escolhemos esse tema porque ele envolve diretamente os membros da UISG: todas são superioras gerais das suas respectivas congregações religiosas apostólicas femininas. E, além disso, porque é um tema-chave da renovação pós-conciliar que a UISG procura promover. A vida religiosa, como acontece em geral em toda a Igreja, tem uma propensão a se adaptar à realidade social dentro da qual ela está, e, com frequência, no mundo, nós vemos a ânsia de poder de quem exerce a autoridade e assistimos a lutas pelo controle da liderança".
A irmã Arregui se mostrou convicta de que o papel das religiosas tem que mudar. "No momento em que as mulheres se convencem da sua igual dignidade e dispõem de uma preparação igual e às vezes até superior à dos homens, fica claro que elas têm que ser chamadas a papéis de maior responsabilidade".
Segundo a irmã Mary Pat Garvin, educadora e consultora para as congregações religiosas no âmbito da formação, "a missão de liderança consiste e sempre consistiu em assumir a mente e o coração de Jesus, guiando as nossas congregações como Jesus guiou os seus discípulos, como um companheiro de graça. Ser 'companheiros' de graça, relacionar-se com os nossos membros como Jesus se relacionava com os seus discípulos para realizar o sonho de Deus, o reino de Deus: este tem sido o constante compromisso das nossas congregações". E completa: "Mais do que nunca, existe um interesse renovado por explorar o potencial da autoridade religiosa e promover e apoiar o compromisso das nossas congregações com o nosso carisma e com os nossos valores fundamentais".
Garvin termina dizendo que as religiosas saem da assembleia plenária "cada vez mais confiantes na realidade de que a nossa missão, modelada pela missão de Jesus, apoiará e ajudará as nossas irmãs enquanto continuarmos servindo ao povo de Deus de formas novas e eficazes. Esta é a liderança à qual estamos chamadas".
Fonte: Zenit.org
SAV - Equipe
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