terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Igreja é a coisa mais bela que nós recebemos do Senhor. A Igreja é a nossa família






Homilia do Cardeal Dom João Braz de Aviz na missa comemorativa dos seus 40 anos de sacerdócio na catedral de Brasília
Por Thácio Siqueira
BRASILIA, segunda-feira, 26 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - O Cardeal Dom João Braz de Aviz, atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, celebrou nesse sábado (24), juntamente com o seu irmão, Pe. José Amauri de Aviz, atual vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora do Rosário no Lago Sul, os 40 anos de Sacerdócio, em missa solene na Catedral de Brasília.
A celebração, organizada pela Arquidiocese de Brasília, contou com a presença do Cardeal Dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, do núncio Apostólico Dom Giovanni d’Aniello, de Dom Leonardo Steiner bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, de Dom Terra, bispo auxiliar emérito de Brasília, Dom Messias, bispo de Uruaçu, Dom Magela, presidente do Regional Centro-oeste da CNBB, Dom Valdemar, bispo auxiliar de Goiânia, e do arcebispo de Brasília Dom Sérgio da Rocha. Também esteve presente na celebração o Governador do DF, Agnelo Queiroz, e outras autoridades.
Na sua homilia, Dom João falou dos três pontos principais do recente Sínodo dos bispos sobre a Nova Evangelização. Disse: “o primeiro passo da nova evangelização é a conversão pessoal”. “O segundo é morar num lugar do mundo e estar com o coração aberto para levar o evangelho a todos os lugares; é a missão Ad Gentes.” E o terceiro é “ amar tanto e viver tão bem o evangelho que aqueles perto de nós que tenham se afastado da Igreja possam retornar à Igreja pelo nosso testemunho.”
Para essa tarefa da nova evangelização, Dom João disse que devemos atuar sempre em união com os nossos bispos. Disse: “Nossos bispos são como nossos pais. Vivem no silêncio e na palavra uma missão que é para nós especialíssima porque nos dão a interpretarão de por onde passam os caminhos de Deus. Unidos a eles encontrarão estrada para essa renovação da Igreja.”
O cardeal também falou sobre a necessidade da coerência: “Não é possível mais uma Igreja que contemporize nas suas pessoas um pouco do evangelho e um pouco de uma cultura contra o evangelho. Aquilo que é contra o evangelho precisa cair, aquilo que é do evangelho precisa ficar. E isso não só nos batizados em modo geral, mas também em nós, cardeais, bispos, padres ao redor do Santo Padre.”
Na parte central da sua homilia Dom João disse do ministério sacerdotal: “Deus nos chama do meio de vocês, mas não nos faz melhor que vocês. Nós todos temos a mesma dignidade. A dignidade que vem do batismo, filhos de Deus. Nunca vamos ter uma dignidade maior do que essa... Deus dá a nós um serviço, um trabalho, uma graça, um dom, para servir e ajudar a enriquecer a comunidade. Um dom precioso da Igreja é a vocação sacerdotal. Mas não é uma dignidade, é um serviço.”
“Eu digo a vocês como cardeal - disse referindo-se à sua experiência de vida - Uma das coisas que eu cuido é de não me achar importante. Porque vem o desejo da gente ser importante. Os outros fazem inclinação, beijam o anel da gente. Agente veste roupa muito vistosa. Mas, usar isso como sinal da Igreja e não como coisa pessoal. Por que? Porque Deus encontrou o homem não foi na grandeza. Quando o filho de Deus veio entre nós ele se fez pequeno, se fez criança, na nossa altura. Escondeu a sua divindade para poder encontrar a nossa humanidade. Depois acabou escondendo a sua humanidade para ficar conosco na eucaristia.”
E continuou dizendo: “E se nós queremos aprender como ficar com Deus, nós precisamos aprender também a abaixar. Agora, não só diante de Deus porque nós somos criaturas. Mas também aprender a se abaixar diante dos outros pra gente poder ser amor. E não haverá outra regra, lei, experiência no mundo que nos faça felizes, a não ser o amor.”
“O amor é vida, é paz, é força, certeza, esperança... -disse ainda o cardeal - mas tem que ser o amor de Deus. Só que o amor de Deus não é contrário ao amor humano. Ele é mais perfeito que o amor humano. Se agente atinge a perfeição do amor de Deus nas coisas simples de cada dia, com o irmão e com a irmã, então sim, a felicidade desce no nosso coração."
Concluiu a homilia pedindo "a todos e a mim a graça da fidelidade nesse momento à Igreja. A Igreja está muito visada. A Igreja tem vários problemas que devem ser corrigidos. O Santo Padre tem nos lembrado muito isso. Mas, a Igreja é a coisa mais bela que nós recebemos do Senhor. A Igreja é a nossa família. A Igreja é o lugar onde eu posso me sentir gente. Onde eu sou amado, onde eu posso amar. A Igreja é o meu lugar de felicidade.

Fonte: ZENIT.org

SAV - Equipe

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Santos Anjos da Guarda, memória

Santos Anjos da Guarda Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz inte...