Evangelho segundo S. Mateus 15,29-37
Naquele tempo, Jesus foi para junto do mar da Galileia. Subiu ao monte e sentou-se.
Vieram ter com Ele numerosas multidões, transportando coxos, cegos, aleijados, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os, de modo que as multidões ficaram maravilhadas ao ver os mudos a falar, os aleijados escorreitos, os coxos a andar e os cegos com vista. E davam glória ao Deus de Israel.
Jesus, chamando os discípulos, disse-lhes: «Tenho compaixão desta gente, porque há já três dias que está comigo e não tem que comer. Não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam pelo caminho.»
Os discípulos disseram-lhe: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»
Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos.»
Ordenou à multidão que se sentasse.
Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e dava-os aos discípulos, e estes, à multidão.
Todos comeram e ficaram sacia-dos; e, com os bocados que sobejaram, encheram sete cestos.
Comentário ao Evangelho do dia feito por: Papa Bento XVI
Homilia de 29/5/2005, na conclusão do Congresso Eucarístico Italiano (© copyright L. E. V., rev.)
A Eucaristia, Sacramento do mundo renovado
Queridos amigos [...], temos de redescobrir a alegria do domingo cristão. Temos de redescobrir com orgulho o privilégio de poder participar na Eucaristia, que é o sacramento do mundo renovado. A ressurreição de Cristo aconteceu no primeiro dia da semana, que nas Escrituras é o dia da criação do mundo. Precisamente por isto o domingo era considerado pela comunidade cristã dos primeiros tempos como o dia em que teve início o novo mundo, aquele no qual, com a vitória de Cristo sobre a morte, começou a nova criação. Recolhendo-se em volta da mesa eucarística, a comunidade ia-se modelando como novo povo de Deus.
Santo Inácio de Antioquia qualificava os cristãos como «aqueles que alcançaram a nova esperança», e apresentava-os como pessoas «que vivem segundo o domingo (iuxta dominicam viventes)». Nesta perspectiva o Bispo antioqueno perguntava: «Como poderemos viver sem Aquele pelo qual também os profetas esperaram?» (Epist. ad Magnesios, 9, 1-2) «Como poderemos viver sem Ele?» Sentimos ressoar nestas palavras de Santo Inácio a afirmação dos mártires de Abitene: «Não podemos viver sem o domingo (Sine dominico non possumus)». Precisamente disto brota a nossa oração: que também os cristãos de hoje reencontrem a consciência da importância decisiva da celebração dominical e saibam tirar da participação na Eucaristia o estímulo necessário para um novo compromisso no anúncio ao mundo de Cristo, «nossa paz» (Ef 2, 14). Amém!
Fonte: http://evangelhoquotidiano.org
SAV - Eequipe
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