quarta-feira, 11 de julho de 2012

11 de julho - São Bento, abade




São Bento, abade, patrono da Europa

São Bento nasceu em Núrsia, na Úmbria, por volta do ano 480. 

Após concluir os seus estudos em Roma, retirou-se para o monte Subíaco e entregou-se à oração e à penitência. É o fundador do célebre mosteiro do Monte Cassino. Escreveu ali a sua famosa Regra. É considerado o pai do monaquismo no Ocidente. 

Morreu no dia 21 de Março de 547. Duzentos anos após a sua morte, a Regra Beneditina havia-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida monástica por toda a Idade Média.

Os monges beneditinos exerceram papel importante na evangelização e nos evangelizadores da Europa medieval. 

"Orar e trabalhar, contemplar e agir" é a síntese da Regra Beneditina. A vida religiosa não é privilégio exclusivo de seres excepcionais e bem dotados espiritualmente. É possível a todos os que queiram buscar a Deus. Moderação é a tónica geral. Nela já não se fala de mortificação e de penitências: um bom monge era aquele que não era soberbo nem violento, "não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador ..." 

Não é de estranhar que o emblema monástico tenha passado a ser a cruz e o arado ...

Com S. Cirilo e S. Metódio, S. Bento foi declarado patrono da Europa.

Comentário feito pelo Papa Bento XVI  - Audiência geral de 9/4/2008 

São Bento, modelo para os dias que correm

[Segundo a Regra de S. Bento], para ser capaz de decidir responsavelmente, também em cada mosteiro o Abade deve ser um homem que escuta «os conselhos dos irmãos» (Regra, 3, 2), porque «muitas vezes Deus revela a solução melhor a um irmão mais jovem» (Regra, 3, 3). Esta cláusula torna admiravelmente moderna uma Regra escrita há quase quinze séculos! Um homem de responsabilidades públicas, mesmo em pequenos âmbitos, deve ser sempre também um homem que sabe ouvir e aprender de quanto ouve. 

[A Regra de S. Bento] pode oferecer indicações úteis não só para os monges, mas também para todos os que procuram um guia no seu caminho rumo a Deus. Pela sua ponderação, a sua humanidade e o seu discernimento entre o essencial e o secundário na vida espiritual, ela tem mantido a sua capacidade iluminadora até hoje. Paulo VI, proclamando a 24 de Outubro de 1964 São Bento Padroeiro da Europa, pretendeu reconhecer a admirável obra realizada pelo Santo com a sua Regra para a formação da civilização e da cultura europeias. 

Hoje, a Europa, que acabou de sair de um século profundamente ferido por duas guerras mundiais, e depois pelo desmoronamento das grandes ideologias que se revelaram trágicas utopias, está em busca da própria identidade. Para criar uma unidade nova e duradoura, são sem dúvida importantes os instrumentos políticos, econômicos e jurídicos, mas é preciso também suscitar uma renovação ética e espiritual que se inspire nas raízes cristãs do Continente, porque de outra forma não se pode reconstruir a Europa. Sem esta linfa vital, o homem permanece exposto ao perigo de sucumbir à antiga tentação de querer remir-se sozinho, utopia que, de formas diferentes, causou na Europa do século XX, como revelou o Papa João Paulo II, «uma regressão sem precedentes na história atormentada da humanidade» (Insegnamenti, XIII/1, 1990, p. 58). Procurando o verdadeiro progresso, encaremos então, ainda hoje, a Regra de São Bento como uma luz para o nosso caminho. Esse grande monge permanece hoje um verdadeiro mestre em cuja escola podemos aprender a arte de viver o humanismo verdadeiro.


SAV - Equipe

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Santos Anjos da Guarda, memória

Santos Anjos da Guarda Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz inte...