terça-feira, 29 de agosto de 2017

Martírio de São João Batista, memória



Martírio de S. João Batista


A festa do martírio de São João Batista remonta ao século V, na França; e ao século VI, em Roma. Está ligada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Jesus. O próprio Jesus apresenta-nos João Batista:

Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: " eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista, e, no entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele ..." (Mateus 11:2-11).

O martírio de João Batista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.


Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Sto. Agostinho BDr, memória



Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430


Nasceu em Tagaste, no ano de 354. Africano da Tunísia, era filho de pai pagão e de mãe cristã. Espírito irrequieto e sedento de verdade, enveredou por várias correntes filosóficas e seitas, até chegar ao cristianismo. Incursionou também pelos meandros da vida amorosa, e por muito tempo viveu em companhia de uma mulher e ambos tiveram um filho. Esta mulher anônima, que Santo Agostinho amava e por ela era amado, e da qual nem sequer nos legou o nome, retornou à África e certamente não foi menor em sua oblação.

Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o batismo em Milão. Quem o baptizou foi o célebre bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mônica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de "Confissões", escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de Agosto de 430.


Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza


Angelus: cada pequena pedra tem o seu lugar na Igreja



Pedro, "centro visível de comunhão"

«Todos nós, embora pequenos (…) temos um lugar e uma missão na Igreja: ela é uma comunidade de vida, feita de muitas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício, sob o sinal da fraternidade e da comunhão» – foi nestes termos que o papa Francisco comentou a página do evangelho lida na missa deste domingo 27 de agosto de 2017, antes do ângelus do meio-dia, da janela do escritório que dá para a praça de S. Pedro.

O papa também evocou a missão de Pedro e dos seus sucessores para a unidade: « é uma pequena pedra, mas tomada por Jesus, torna-se centro de comunhão ».

O papa Francisco também lançou um apelo em favor da minoria dos Rohingyas do Myanmar, denunciando uma perseguição.

O papa Francisco também lançou um apelo em favor da minoria dos Rohingyas de Myanmar, denunciando uma «perseguição».

Ele exprimiu a sua proximidade às populações do Bengala Desh, do Nepal e de Índia, atingidos por inundações mortíferas, devidas a uma monção que já fez centenas de mortos e milhares de deslocados.

Depois do Angelus, o papa Francisco recebeu, como nos dois anos anteriores, os participantes do Congresso da Rede Internacional dos legisladores católicos, baseados em Áustria, acompanhados do Cardeal Christoph Schönborn, na sala Clementina do Vaticano.

AB

Antes do angelus

Caros irmãos e irmãs, bom dia !

O evangelho deste domingo (Mt 16, 13-20) relata-nos uma passagem chave do caminho de Jesus com os seus discípulos: o momento em que ele quer verificar a que ponto está a sua fé n’Ele. Antes, ele quer saber o que as pessoas pensam dele. E as pessoas pensam que Jesus é um profeta, o que é verdade, mas eles não entendem o centro da sua pessoa nem da sua missão.

Em seguida, Jesus coloca a questão aos seus discípulos, que para ele é a mais importante, quer dizer, que ele lhes pergunta diretamente: Mas vós quem dizeis vós que eu sou? (v.15). Por este “mas” Jesus distingue claramente os apóstolos da multidão, o que equivale a dizer: mas vós, que estais comigo todos os dias, e que me conheceis de perto, o que é que vós entendestes mais? O mestre espera dos seus discípulos uma resposta elevada e diferente das opiniões da opinião pública.

E, na verdade, uma resposta deste tipo brota do coração de Simão chamado Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).

Simão Pedro não compreendeu plenamente o alcance de suas palavras, palavras que não vêm das suas capacidades naturais. Talvez ele não tivesse feito a escola elementar e foi capaz de dizer estas palavras, mais fortes que ele! Mas elas são inspiradas pelo Pai celeste (cf. V. 17), que revela ao primeiro dos Doze a verdadeira identidade de Jesus: ele é o Messias, o Filho enviado por Deus para salvar a humanidade. Graças a essa resposta, Jesus compreende, que graças à fé dada pelo Pai, ele tem um fundamento sólido sobre o qual ele pode construir a sua comunidade, a sua Igreja. É por isso que diz a Simão: Tu és Pedro – quer dizer, rocha – e sobre esta pedra construirei a minha Igreja (v.18).

Hoje, também connosco, Jesus quer continuar a construir a sua Igreja, essa Igreja com fundamentos sólidos mas onde não faltam fissuras e que tem necessidade continuamente de ser reparada, como no tempo de Francisco de Assis.

É certo, que, não nos sentimos como rochas, mas somente como pequenas pedras. Mas uma pequena nunca é inútil, pelo contrário, nas mãos de Jesus ela torna-se preciosa, porque ele toma-a, olha-a com uma grande ternura, trabalha-a pelo seu Espírito e coloca-a no bom sítio, onde Ele a tinha pensado desde sempre, e onde ela pode ser útil a toda a construção. E todos nós, embora pequenos, nos tornamos “pedras vivas”, porque quando Jesus toma na mão a pedra, a faz sua, a faz viva, cheia de vida, cheia de vida pelo Espírito Santo, cheia de vida pelo seu amor, e é assim que temos um lugar e uma missão na Igreja. Ela é uma comunidade de vida, feita de tantas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício, sob o sinal da fraternidade e da comunhão.

Além disso, o evangelho de hoje nos recorda que Jesus quis também para a sua Igreja um centro visível de comunhão, em Pedro – ele também não é uma grande pedra, é uma pedra pequena, mas tomada por Jesus, ela torna-se centro de comunhão -, em Pedro e nos que lhe sucederam na mesma responsabilidade da primazia, que, desde as origens, forma identificados com os bispos de Roma, a cidade onde Pedro e Paulo, deram o seu testemunho pelo sangue.

Confiemo-nos a Maria, Rainha dos Apóstolos, Mãe da Igreja. Ela encontrava-se no Cenáculo, ao lado de Pedro, quando o Espírito desceu sobre os Apóstolos e os impeliu a saírem, a anunciarem a todos que Jesus é o Senhor. Que hoje a nossa Mãe nos apoie e nos acompanhe pela sua intercessão, para que realizemos plenamente essa unidade e essa comunhão pelas quais o Cristo e os Apóstolos rezaram e deram a sua vida.

Angelus Domini… [O anjo do Senhor…]

Depois do Angelus

Caros irmãos e irmãs,

Nestes últimos dias, grandes inundações atingiram o Bangladesh, o Nepal e a Índia. Exprimo a minha proximidade às populações e rezo pelas vítimas e por todos os que sofrem por causa desta calamidade.

Chegaram até nós notícias tristes sobre a perseguição da minoria religiosa dos nossos irmãos Rohingyas. Quero exprimir-lhes toda a minha proximidade. E todos nós pedimos ao Senhor de os salvar, e de suscitar homens e mulheres de boa vontade para virem em sua ajuda, que lhes deem os seus plenos direitos. Rezemos também pelos nossos irmãos Rohingyas.

Saúdo-vos a todos, fiéis de Roma e peregrinos de Itália e de diferentes países: as famílias, os grupos paroquiais, as associações.

Saúdo em especial, os membros da Ordem Terceira Carmelita; os jovens de Tombelle (diocese de Pádua) – mas vós estais cheios de ardor, vós que há pouco tempo recebestes a Confirmação!, e o grupo de Lodivecchio: eles são fixes, porque percorreram a pé, em peregrinação, a última parte da Via Francigena. Sede também fixes na vida!

Desejo a todos um bom domingo. Peço-vos que não se esqueçam de rezar por mim.

Bom almoço e adeus!


Fonte: zenit.org

SCAV - Fortaleza

Sta. Mônica, memória



Santa Mônica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

Santa Mônica nasceu em Tagaste, África, por volta do ano 331. Foi mãe do célebre doutor da Igreja, Santo Agostinho. Jovem, ainda, ela casou com Patrício e teve filhos, um dos quais foi Agostinho de Hipona, convertido ao cristianismo, graças às suas orações e lágrimas. Foi uma mulher de intensa oração e de virtudes comprovadas. No seu livro, "Confissões", Santo Agostinho fala de sua mãe com grande estima e veneração:

Superou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido, por isso. Esperava que tua misericórdia descesse sobre ele, para que tivesse fé em Ti e se tornasse casto. Embora de coração afetuoso, ele encolerizava-se facilmente. Minha mãe havia aprendido a não o contrariar com atos ou palavras, quando o via irado. Depois que ele se refazia e acalmava, ela procurava o momento oportuno para mostrar-lhe como se tinha irritado sem refletir ... Sempre que havia discórdia entre pessoas, ela procurava, quando possível, mostrar-se conciliadora, a ponto de nada referir de uma à outra, senão o que podia levá-las a se reconciliarem ... Educara os filhos, gerando-os de novo tantas vezes quantas os visse afastarem-se de Ti. Enfim, ainda antes de adormecer para sempre no Senhor, quando já vivíamos em comunidades, depois de ter recebido a graça do batismo (...), ela cuidou de todos, como se nos tivesse gerado a todos, servindo a todos nós, como se fosse filha de cada um (Confissões, Ed. Paulinas, p. 234).

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

S. Bartolomeu Ap, festa



S. Bartolomeu, apóstolo

São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos. 

Muitos o identificam com Natanael, mencionado em João 1,45: Jesus viu Natanael vindo até ele, e disse a seu respeito: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude". Natanael exclamou: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel". Jesus respondeu-lhe: "Crês só porque te disse: 'Eu vi-te sob a figueira'? Verás coisas maiores do que essas".

Além de João, Mateus, Marcos, Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Uma antiga tradição armênia afirma que o apóstolo Bartolomeu, que era da Galileia, foi para a Índia.

Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de, naquela região, ter convertido muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo. 


Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza



quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Sta. Rosa de Lima Vg, festa



Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina


Isabel Flores y de Oliva era o nome de batismo de Santa Rosa de Lima que nasceu em 1586 em Lima, Peru. Os seus pais eram espanhóis, que se haviam mudado para a rica colônia do Peru. O nome Rosa foi-lhe dado carinhosamente por uma empregada índia, Mariana, pois a mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: Você é bonita como uma rosa!

Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.

Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exatamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.


Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza



O Papa: “Não esqueçam de rezar cada dia o terço”



Ao dirigir-se aos peregrinos depois da audiência geral


(ZENIT -Roma, 23 Ago. 2017).- O Papa Francisco saudou os peregrinos presentes na Sala Paulo VI para a Audiência Geral, e depois da catequese convidou aos peregrinos italianos: “Não esqueçam de rezar cada dia o terço”.

Aos Jovens Santo Padre disse: “Caríssimos, elevemos o olhar ao Céu para contemplar o esplendor da Santa Mãe de Deus, que na última semana recordamos na sua Assunção, e ontem a invocamos como nossa Rainha. Cultivem em relação a ela uma devoção sincera, para que esteja ao vosso lado na cotidiana existência”.

Aos peregrinos de língua árabe o Papa lembrou: “A esperança cristã não se baseia em desprezo da vida terrena ou aspiração infância da vida eterna, mas na certeza de que Deus não nos criou para ser presa de tristeza, ansiedade, fragilidade e morte” .

Ao dirigir-se aos peregrinos de língua alemã, o Santo Padre recordou que nestes dias “contemplamos Maria Rainha do Céu”: “Cristo tornou sua mãe partícipe de sua vitória sobre a morte. Confiemo-nos a Mãe Celeste para que, como ela, ao final de nosso caminho terreno, possamos alcançar a meta da nossa vida, segundo o projeto de Deus”.

Uma saudação mariana também foi dirigida aos poloneses: “Dentro de poucos dias, sábado e domingo próximo, muitos de vós, pessoal ou espiritualmente, se reunirão na assim chamada “Caná Polonesa”, o vosso Santuário nacional em Jasna Góra, para celebrar a Solenidade da bem-aventurada Maria Virgem de Częstochowa e o terceiro centenário da coroação de sua efígie milagrosa.
Apresentando-vos diante do rosto da vossa Mãe e Rainha, colocai-vos em escuta atenta da sua palavra: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Que ela seja para cada um de vós uma indicação na formação da consciência, no colocar ordem na vida pessoal e familiar, na construção do futuro da sociedade e da nação”.

Fonte: zenit.org

SCAV - Fortaleza

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

S. Pio X Pp, memória



S. Pio X, papa, +1914


Pio X, nasceu no dia 2 de Junho do ano 1835, em Riese, no Treviso, norte da Itália. Foi baptizado no dia seguinte com o nome de José Melchior. Sua mãe, Margarida Sanson, ficou viúva com dez filhos para criar. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos de idade, tendo sido capelão em Tombolo; por outros nove anos, pároco em Salzano; mais nove anos cónego e diretor espiritual em Treviso; nove anos Bispo de Mântua e outros nove anos cardeal-patriarca de Veneza; por último foi Papa durante onze anos (de 1903 a 1914). Seu pontificado foi excepcionalmente fecundo pela organização interna da Igreja. Pouco inclinado às finezas diplomáticas, não cuidou das relações da Igreja com o poder político.

Sua divisa era "Restaurar tudo em Cristo" . Promoveu a renovação litúrgica, reformando a música sacra, propôs aos fieis a comunhão frequente, favoreceu a organização da Cúria e a fundação de um Instituto Bíblico em Roma. 

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza



A coragem na oração



Devemos continuar a gritar como esta mulher: ‘Senhor, ajuda-me’!


«Devemos continuar a gritar como esta mulher: Senhor, ajuda-me! Senhor ajuda-me!» Gritar deste modo, com perseverança e coragem. Eis a coragem que é preciso na oração: o papa Francisco exortou os fiéis a rezarem sem desfalecer, com fé, antes do angelus deste domingo de 20 de agosto de 2017.

O papa dirigiu a palavra desde a janela do escritório do palácio apostólico do Vaticano que dá para a praça de S. Pedro, a uma multidão de cerca de 10,000 peregrinos reunidos na praça de S. Pedro, para o angelus do meio-dia.

O Senhor não volta as costas às nossas necessidades, e, se por vezes, parece insensível aos nossos pedidos de ajuda, é para pôr à prova a nossa fé e fortificá-la, explicou o papa.

O papa encorajou os fiéis a invocarem o Espírito Santo e a pedir a Maria para que «ela nos ajude a obter uma fé forte, cheia de amor e um amor que se faz súplica corajosa a Deus.»

Depois do angelus, o papa rezou com a multidão pelas vítimas dos atentados do Burkina Faso, da Espanha e de Turku, pelos feridos e por suas famílias.

Também saúdou “os membros da associação francesa “Corremos pela Esperança”, vindos de bicicleta desde Besançon, em favor das crianças doentes.

Eis a nossa tradução completa das palavras do papa Francisco, pronunciadas em italiano antes e depois do angelus.

AB

Antes do angelus

Caros irmãos e irmãs, as minhas saudações!

O evangelho de hoje (Mt 15, 21-28) apresenta-nos um espantoso exemplo de fé, neste encontro de Jesus com uma mulher cananeia, uma estrangeira para os Judeus.

A cena passa-se quando Jesus se dirige para as cidades de Tiro e Sidônia, no noroeste da Galileia: é aí que a mulher implora que Jesus venha curar a sua filha que “está muito atormentada por um demônio” (v.22).

Num primeiro momento, o Senhor parece não escutar o seu grito de dor, a ponto de suscitar a intervenção dos discípulos que intercedem por ela. A aparente indiferença de Jesus não desencoraja esta mãe, que persiste no seu pedido.

A força interior desta mulher, que lhe permite de ultrapassar todo o obstáculo, deve procurar-se no seu amor materno e na confiança de que Jesus pode atender o seu pedido.

Podemos dizer que é o amor que põe em ação a fé e a fé, por sua vez, torna-se a recompensa do amor.

O seu amor pela sua filha condu-la a gritar : «tem piedade de mim, Senhor, filho de David !» (v.22). É a sua fé perseverante em Jesus que não a deixa desanimar, mesmo diante da rejeição inicial de Jesus. Por isso, a mulher «prostrou-se diante dele dizendo: Senhor ajuda-me!» (v.25).

Finalmente, diante a perseverança desta mulher, Jesus enche-se de admiração, quase estupefacto, pela fé de uma mulher pagã. Ele atende o seu pedido dizendo: «Mulher, é grande a tua fé! Que se faça segundo o teu desejo! E a partir desse instante a sua filha foi curada» (v.28).

Esta mulher simples é apresentada por Jesus como um exemplo de fé inquebrantável. A sua insistência a pedir a intervenção de Cristo é para nós um estímulo a não desanimarmos quando somos oprimidos pelas duras provas da vida.

O Senhor não volta as costas às nossas necessidades, e, se por vezes, ele parece insensível aos nossos pedidos de ajuda, é para pôr à prova a nossa fé e fortificá-la.

Devemos continuar a gritar como esta mulher: «Senhor, ajuda-me! Senhor, ajuda-me!». Desta maneira, com perseverança e coragem. Eis a coragem que é preciso na oração.

Este episódio do evangelho ajuda-nos a compreender que todos temos necessidade de crescer na fé e de fortificar a nossa confiança em Jesus. Ele pode ajudar-nos a reencontrar o caminho, quando nos desviamos da bússola do nosso caminho, quando a vida não aparece direita, mas rude e árdua; quando é difícil ser fiel aos nossos compromissos.

É importante alimentar a nossa fé cada dia pela escuta atenta da Palavra de Deus, pela celebração dos sacramentos, pela oração pessoal como um «grito» a Ele dirigido, e com atitudes concretas de caridade para com o próximo.

Confiemo-nos ao Espírito Santo para que nos ajude a perseverar na fé. O Espírito infunde a audácia no coração dos fiéis; ele dá à nossa vida e ao nosso testemunho cristão a força da convicção e da persuasão. Ele encoraja-nos a vencer a incredulidade para com Deus e a indiferença para com os nossos irmãos.

Que a Virgem Maria nos torne cada vez mais conscientes da nossa necessidade do Senhor e do seu Espírito; que nos obtenha de Deus a graça de uma fé forte, cheia de amor, e um amor que se faz súplica corajosa a Deus.

Angelus Domini… [O anjo do Senhor…]

Depois do angelus

Caros irmãos e irmãs, levamos em nosso coração a dor dos atentados terroristas que causaram numerosas vítimas nestes últimos dias no Burkina Faso, em Espanha e na Finlândia. Rezemos pelos defuntos destes atentados, pelos feridos e por suas famílias. E peçamos ao Senhor, Deus de misericórdia e de paz, que liberte o mundo desta violência inumana.

Saúdo-vos cordialmente, caros peregrinos italianos e dos diferentes países. Saúdo em especial os membros da associação francesa “Corremos pela Esperança”, vindos de bicicleta desde Besançon; os novos seminaristas e os superiores do Colégio norte-americano de Roma; os acólitos de Rivoltella (Brescia) e os jovens rapazes e raparigas de Zevio (Vérone).

Desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço! Adeus!

Fonte: zenit.org

SCAV - Fortaleza

Assunção da Virgem Maria: “A vitória total contra a morte”



“Não estamos feitos para a morte, mas para a vida, para a ressurreição”


COMENTÁRIO À LITURGIA 

Assunção da Virgem Maria


Ciclo A: Ap 11, 19; 12, 1-6.10; 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-56

Pe. Antonio Rivero L. C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no centro de Noviciado e Humanidades Clássicas da Legião de Cristo em Monterrey (México).

Ideia principal: Hoje celebramos a festa do primeiro ser humano- Maria- que, depois de Cristo seu Filho, experimentou a vitória total contra a morte, também corporalmente. Não estamos feitos para a morte, mas para a vida, para a ressurreição (segunda leitura).

Resumo da mensagem: Este foi o último dogma proclamado pelo Papa Pio XII em 1 novembro de 1950: “Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Depois de ter lutado contra todos os inimigos da nossa alma (primeira leitura) e graças a que Cristo venceu o último inimigo- a morte- (Segunda leitura), Deus nos concederá a ressurreição do nosso corpo.

Pontos da ideia principal:

Em primeiro lugar, o que significa que Maria foi elevada al céu em corpo e alma? Maria, como primeira seguidora de Jesus, é a primeira cristã e a primeira salvada pela Páscoa do seu Filho; participa já da vitória do seu Filho, e é elevada à glória definitiva em corpo e alma. O motivo deste privilégio formula bem o prefácio de hoje: “com razão não quisestes, Senhor, que conhecesse a corrupção do sepulcro a mulher que, por obra do Espírito, concebeu no seu seio o autor da vida, Jesus Cristo”. Por que este privilégio? Porque Ela foi radicalmente dócil na sua vida respondendo com um “sim” total à sua vocação, desde a humildade radical (evangelho). Ela esteve presente com Jesus, até o final, lutando contra o dragão que queria devorar o seu Filho (primeira leitura).

Em segundo lugar, o que significa para nós esta festa? Em Maria se condensa o nosso destino. Da mesma maneira que o seu “sim” foi representante do nosso, também o “ sim” de Deus para Ela, glorificando-a, é um “sim” para todos nós, que somos os seus filhos. Sinala o destino que Ele nos prepara, se vencermos os dragões do mal que nos cercam (segunda leitura) e se caminharmos na fé e na humildade como Maria (evangelho). O nosso destino é a ressurreição final em corpo e alma, como Maria que a obteve antes, como prêmio pela sua fé, humildade e pela sua vida sem pecado, e para poder abraçar o seu querido Filho e preparar junto como Ele um lugar para nós.

Finalmente, esta festa nos infunde esperança e otimismo na nossa vida. O destino da nossa vida não é a morte, porém a vida. Toda a pessoa humana, corpo e espírito, está destinada à vida. O nosso corpo tem, pois, uma grandíssima dignidade; não podemos profaná-lo nem manchá-lo. O que Deus fez em Maria, fará também em nós. Cremos nisso. Esperamos. Desejamos. A nossa história terá um final feliz. Não terminamos no sepulcro, mas na ressurreição do nosso corpo. E a Eucaristia que recebemos semanalmente ou diariamente é a antecipação do que será a nossa glória futura: “quem come a minha Carne e bebe o meu Sangre, tem vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”. A Eucaristia é como a semente e a garantia da vida imortal para os seguidores de Jesus. O que Maria conseguiu- a glorificação definitiva-, nós também conseguiremos, como fruto da Páscoa de Cristo.

Para refletir: ao pensar na ressurreição final, encho-me de alegria e otimismo por saber pela fé que o meu destino é a vida e não a morte no sepulcro? Já aqui na terra estou semeando as sementes da imortalidade e da ressurreição no meu corpo, comungando o Corpo de Cristo na Eucaristia? Esta festa de Maria me convida a levar uma vida de santidade, de fé, de humildade e de amor?

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:

arivero@legionaries.org


Fonte: zenit.org

SCAV - Fortaleza

domingo, 20 de agosto de 2017

São Bernardo AbDr.



S. Bernardo de Claraval, abade, Doutor da Igreja, +1153

São Bernardo nasceu no Castelo de Fontaine, próximo de Dijon na França no ano de 1090, o terceiro de seis irmãos. Tescelino, pai de Bernardo, ficou consternado quando, ainda muito jovem, ele decidiu tornar-se monge no convento cistercienses, fundado por São Roberto, em 1098: um após outro, os filhos abandonavam o conforto do castelo para seguir Bernardo: Guido, o primogênito, deixou até a esposa, que também se fez monja; Nissardo, o mais novo, também optou por abandonar os prazeres do mundo, seguido pela única irmã, Umbelina e pelo tio Gaudry, que despiu a pesada armadura para vestir o hábito branco; também Tescelino entrou no mosteiro onde estava praticamente toda a família. Um êxodo tão completo como este nunca se verificou em toda história da Igreja. Por terem muitos outros jovens desejado tornar-se cistercienses, foi necessário fundar outros mosteiros. São Bernardo, então, deixou Citeaux, abraçando uma pesada cruz de madeira e seguido de doze religiosos que cantavam hinos e louvores ao Senhor.

Experientes trabalhadores, como todos os beneditinos, os monges logo levantaram um novo mosteiro, dando-lhe o nome de Claraval. A antiga regra beneditina era aí observada com todo rigor: oração e trabalho, sob a obediência absoluta ao abade. São Bernardo sempre preferiu os caminhos do coração: "Amemos - ele dizia a seus monges - e seremos amados. Naqueles que amamos encontraremos repouso, e o mesmo repouso oferecemos a todos os que amamos. Amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir a caridade." 

Por 38 anos foi guia de uma multidão de monges; cerca de 900 religiosos fizeram votos em sua presença. Para abrigar todos os monges foram construídos mais de 343 mosteiros.

São Bernardo depois de laboriosas jornadas retirava-se para a cela para escrever obras cheias de optimismo e de doçura, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos que é uma declaração de amor a Maria. É também o compositor do belíssimo hino Ave Maris Stella. Também é sua a invocação: " Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria" da salve-rainha. Foi chamado pelo Papa Pio XII "O último dos Padres da Igreja, e não o menor".

Morreu no dia 20 de agosto do ano 1153.


Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza




Campanha da Fraternidade de 2019



Tema da CF de 2019 é "Fraternidade e políticas públicas"


Os bispos do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheram, na manhã de quarta-feira, 09, o tema da Campanha da Fraternidade 2019. Após empate com outra proposta, foi escolhido – por seis votos a quatro – o tema “Fraternidade e políticas públicas”.

A discussão a respeito da questão foi iniciada na manhã de terça-feira, logo no início da reunião do Conselho. A partir de 98 sugestões, enviadas por dioceses, regionais e órgãos governamentais, entre eles a Polícia Rodoviária Federal, os bispos chegaram a sete eixos temáticos postos em votação hoje: políticas públicas, trânsito, comunicação, família, educação, direitos humanos e fraternidade.

Após retomarem o debate e destacarem elementos importantes relacionados a cada temática, além da pertinência da reflexão no contexto social do Brasil, os bispos propuseram o título completo do tema para votação. Receberam votos as seguintes indicações: “Fraternidade e política públicas”, “Fraternidade: políticas públicas e direitos humanos” e “Trânsito: respeito à vida”.

A proposta vencedora ganhou peso com argumentos que destacavam que “políticas públicas” é um tema mais abrangente e envolve todas outras propostas apreciadas pelos membros do conselho, como direitos humanos e sociais, família, educação, trânsito e comunicação.

Fonte: CNBB

SCAV - Fortaleza

S. João Eudes Presb, MFac



S. João Eudes, presbítero, +1680

São João Eudes, nasceu em Ri, perto de Argentan, na França, no ano de 1601. Ingressou na Congregação do Oratório, fundada por Bérulle, e ordenado sacerdote, dedicou-se à pregação entre o povo. Dois anos se passaram, estourando a epidemia da peste na Normandia e João foi para lá prestar assistência aos doentes. Nunca temeu ser contaminado. Quando o mal parecia debelado, João contraiu-o, mas superou a crise. Restabelecendo-se, retomou suas missões entre o povo. Era um grande pregador, eficaz e seguido.
O Século XVII foi marcado pelo jansenismo, quietismo, filosofismo; é o século da desconfiança, do esquecimento e do desprezo no que se refere à espiritualidade cristã, mas também é o século de grande renovação da piedade e da devoção realizada por homens como Bérulle, Condren, Olier, Vicente de Paulo, Grignon de Montfort e João Eudes.
No ano de 1643, João Eudes fundou a Congregação de Jesus e Maria, cuja finalidade principal era a preparação espiritual dos candidatos ao sacerdócio e a pregação das missões ao povo. Paralelamente a esta, surgiu a congregação feminina chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, da qual no século XIX derivou a Congregação do Bom Pastor.
São Pio X definiu São João Eudes pai, doutor e apóstolo da devoção aos sacratíssimos corações de Jesus e de Maria. A influência deste santo foi grande não só em seu país, renovando a velha Normandia, pobre de vida cristã, como também em todo o mundo cristão.
São João Eudes morreu em Caen no dia 19 de agosto do ano 1680, com setenta e nove anos de idade. Foi canonizado no ano de 1925.

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

SCAV - Fortaleza



terça-feira, 15 de agosto de 2017

Assunção de Nossa Senhora, solenidade



Assunção de Nossa Senhora 

[no Brasil essa solenidade é celebrada no domingo]

A morte da Virgem Maria chama-se dormição, porque foi sonho de amor. Não foi triste nem doloroso; foi o cumprimento dum desejo. É probabilíssimo e hoje bastante comum a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos apóstolos. A tradição antiga localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu filho celebrara os mistérios da Eucaristia e onde, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os apóstolos.

Hoje, sobre a parte da área que a Basílica de Constantinopla ocupou, levanta-se a "igreja da Dormição", magnífica rotunda de estilo gótico, consagrada em 1910, cujas pontiagudas torres se descobrem de todos os ângulos de Jerusalém. É lugar preferido por fiéis de todas as confissões cristãs para o seu último descanso na terra. Assim vê-se rodeada de cemitérios católico, grego, armênio e protestante anglicano.

Por meio da Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus", definiu Pio XII esta doutrina como dogma de fé. Dada em Roma, junto de S. Pedro, no ano do grande Jubileu, mil novecentos e cinquenta, no dia primeiro de Novembro, festa de todos os Santos.

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

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S. Maximiliano Maria Kolbe PresbMt., memória



S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero, mártir, +1941

Nasceu na Polônia, em 1894. Morreu num campo de concentração nazista, oferecendo a sua vida em favor de um pai de família condenado à morte. Era franciscano conventual. Ensinou teologia em Cracóvia. Devotadíssimo de Nossa Senhora, fundou, na Polônia, a Milícia da Imaculada. E para maior divulgação da devoção à Imaculada, criou a Revista Azul, destinada aos operários e camponeses, alcançando, em 1938, cerca de 1 milhão de exemplares. A "Cidade da Imaculada" abrigava 672 religiosos e um vasto parque gráfico. Foi percursor das comunicações. Perto de Nagasaki fundou uma segunda Cidade da Imaculada com o seu boletim mariano e missionário, impresso em japonês.

Regressado à Polônia, foi preso pelos nazistas devido à influência que a revista e publicações marianas exerciam. Foi dia 7 de Fevereiro de 1941, em Varsóvia. Dali foi levado para Auschwitz e condenado a trabalhos forçados. Exerceu um verdadeiro apostolado no meio dos companheiros de infortúnio, encorajando-os a resistir com firmeza de ânimo. Foi ali que se ofereceu para morrer no lugar de Francisco Gajowniczek. 

Único sobrevivente do grupo, no subterrâneo da morte, Maximiliano Kolbe resistiu por quinze dias à fome, à sede, ao desespero na escuridão do cárcere. Confortava os companheiros, os quais, um após outro, aos poucos sucumbiam. Morreu com uma injeção de fenol que lhe administraram. Era o prisioneiro com o nº 16.670. Foi no dia 14 de Agosto de 1941. Beatificado por Paulo VI em 1971, foi canonizado por João Paulo II, em 1982.

Toda a razão de ser, de sofrer e de morrer do Padre Kolbe esteve em perscrutar - para dela viver e fazer que se vivesse - a resposta de Maria a Bernardette: "Sou a Imaculada Conceição".

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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Sta. Clara Vg, memória



Santa Clara de Assis, virgem, fundadora, +1253

Nasceu em Assis, em 1193. Conterrânea de São Francisco, Clara foi sua discípula e fiel intérprete de seu ideal ascético. De família nobre, dotada de extraordinária beleza e possuidora de muitas riquezas, Clara, aos 18 anos, fugiu de casa para se consagrar a Deus, mediante uma vida de absoluta pobreza, a exemplo de Francisco de Assis. Juntamente com Inês, sua irmã mais jovem, e outras companheiras, Clara instalou-se no oratório de São Damião. Era o início das Clarissas. Procuravam em tudo viver o ideal franciscano da pobreza. Actualmente somam cerca de umas 19 mil religiosas, espalhadas por todo o mundo.

Contam as fioretti que um dia, Francisco mandou dizer a Clara que rezasse a Deus para que ele pudesse saber o que mais agradava a Deus: dedicar-se à pregação ou à oração. Depois de muita oração, o mensageiro levou a resposta a Francisco: "Tanto a frei Silvestre como a irmã Clara e sua irmã, Cristo respondeu e revelou que sua vontade é que vás pelo mundo a pregar, porque Ele não te escolheu para ti somente, mas ainda para a salvação dos outros!"

Com frei Masseo, São Francisco pôs-se a caminhar conforme o Espírito o movia ... Pregou a muitos com muita unção ... As aves do céu faziam silêncio para que o Santo pudesse falar ...

São Damião foi milagre que irradiou pureza, como o sol irradia os seus raios. As mulheres queriam ser puras como Clara e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres. Santa Clara é apresentada de custódia do Santíssimo Sacramento na mão a deter os mouros às portas de Assis. Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de S. Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão.


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S. Lourenço Diácono Mt, festa



S. Lourenço, diácono, mártir, +258

São Lourenço sofreu o martírio durante a perseguição de Valeriano, em 258. Era o primeiro dos sete diáconos da Igreja romana. A sua função era muito importante o que fazia com que, depois do papa, fosse o primeiro responsável pelas coisas da Igreja. Como diácono, São Lourenço tinha o encargo de assistir o papa nas celebrações; administrava os bens da Igreja, dirigia a construção dos cemitérios, olhava pelos necessitados, pelos órfãos e viúvas. Foi executado quatro dias depois da morte de Sisto II e de seus companheiros. 

O seu culto remonta ao século IV. 

Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito Cornelius Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía. Pediu, então, um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Anotou-lhes os nomes ... Indignado, o governador concedeu-o a um suplício especialmente cruel: amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. No meio dos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu "bom humor cristão". Dizia ao carrasco: "Vira-me, que deste lado já está bem assado ... Agora está bom, está bem assado. Podes comer!..."

Roma cristã venera o hispano Lourenço com a mesmo veneração e respeito com que honra os primeiros apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estêvão em Jerusalém, foi São Lourenço em Roma.


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Sta. Teresa Benedita da Cruz VgMt, MFac


 

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), religiosa, mártir, padroeira da Europa, +1942

Edith Stein nasceu em Breslau, atualmente Wroclaw, capital da Silésia, na Alemanha (cidade que, depois da Segunda Guerra Mundial, passou a pertencer à Polónia), no dia 12 de Outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o Dia da Reconciliação. 

Seus pais, Sigefredo e Augusta, eram comerciantes judeus. Edith foi a última de onze filhos. O pai faleceu em 1893. A mãe encarregou-se dos negócios da família e da educação dos filhos. 

A pequena Edith, segundo o seu próprio testemunho, foi muito dinâmica, sensível, nervosa e irascível. Aos sete anos, começou a possuir um temperamento mais reflexivo. 

Em 1913, ingressou na Universidade de Gottingen e dedicou-se ao estudo da Fenomenologia. Aí encontrou a sua verdadeira vida: livros, companheiros e, sobretudo, o célebre professor E. Husserl. Durante este tempo chega a um ateísmo quase total. 

Em 1914, explode a Primeira Guerra Mundial. Edith vai trabalhar num hospital com quatro mil camas. Entrega-se a este trabalho de corpo e alma. 

Estuda com seriedade a Fenomenologia, até se encontrar com a doutrina católica. Encontra definitivamente a sua nova fé em 1921, quando lê a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. O amor a Deus, o Absoluto, toma conta de sua alma: “Cristo elevou-se radiante ante meus olhos: Cristo no mistério da Cruz”. Sob a direção do Padre jesuíta Erich Przywara, começa a estudar a teologia de São Tomás de Aquino. 

Baptiza-se no dia 1 de Janeiro de 1922, recebendo o nome de Teresa Edwig. Desde então sente-se evangelizadora: "Sou apenas um instrumento do Senhor. Quem vem a mim, quero levá-lo até Ele”. "Deus não chama ninguém a não ser unicamente para Si mesmo”. 

Aos 42 anos, no dia 15 de Abril de 1934, festa do Bom Pastor, veste o hábito carmelita no Convento de Colônia.

Sua conversão, que não a impede de continuar a sentir-se filha de Israel, enamorada de sua santa progenitura, separa-a, contudo, de sua família e de sua amada mãe: “Minha mãe opõe-se com todas as suas forças à minha decisão. É difícil ter que assistir à dor e ao conflito de consciência de uma mãe, sem poder ajudá-la com meios humanos”. (26-01-1934). 

No dia 21 de Abril de 1935, domingo de Páscoa, faz seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. Sua vida será uma “Cruz” transformada em “Páscoa”. 

Na Alemanha, os nazis começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedita e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo. 

Três dias antes de sua morte, Edith dirá: “Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco”. (06-08-1942). 

Após vários tormentos, no dia 9 de Agosto de 1942, na câmara de gás do “inferno de Auschwitz", morria a mártir da Cruz, Irmã Teresa Benedita. Foi beatificada no dia 1º. de Maio de 1987, em Colônia, e canonizada em 1999 pelo papa João Paulo II. 

O mesmo Papa a declarou, com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, padroeira da Europa.


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terça-feira, 8 de agosto de 2017

S. Domingos Presb, memória



S. Domingos de Gusmão, presbítero, fundador, +1221


São Domingos nasceu em Caleruega, em Castela-a-Velha, no ano de 1170. De família nobre, e de belo rosto, acostumou-se desde jovem a duras penitências. De caráter metódico e fidelíssimo, deu grande importância aos estudos, como premissa indispensável ao dever apologético dos frades pregadores. Aos 14 anos de idade, foi enviado para Palência, onde estudou filosofia e teologia. Como sacerdote e cônego de Osma distinguiu-se pela retidão, zelo, pontualidade nas funções e espírito de sacrifício. Pregou com êxito contra os hereges albigenses, que defendiam a existência de dois princípios, de duas divindades: o Bem e o Mal. 

Estudo e pobreza são os dois pontos principais da Ordem dominicana, o programa de vida dos frades ’mendicantes’ que vestem o hábito de São Domingos, contemporâneo de outro grande e amado santo fundador, São Francisco de Assis. 

São Domingos morreu em Bolonha no dia seis de Agosto do ano 1221 e foi proclamado santo, 13 anos após a morte, em 1234.


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Santos Anjos da Guarda, memória

Santos Anjos da Guarda Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz inte...