Coletiva de imprensa no segundo dia da 51ª Assembleia Geral dos bispos do Brasil
Por Thácio Lincon Soares de Siqueira
BRASíLIA, 11 de Abril de 2013 (Zenit.org) - No segundo dia da 51ª Assembleia Geral dos bispos do Brasil, presidiram a mesa da coletiva de imprensa dom Sergio Eduardo Castriani, arcebispo de Manaus (AM) e presidente da comissão episcopal que preparou o texto do tema central da AG, dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da comissão do diretório de comunicação da Igreja no Brasil, e dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), presidente da comissão episcopal pastoral da Liturgia. Na pauta desta quinta-feira, esses temas: uma nova paróquia, Diretório da Comunicação e tradução do Missal.
A paróquia, comunidade de comunidades
“Nós acreditamos que na paróquia cada pessoa deveria ter a possibilidade de fazer um encontro com Jesus Cristo”, disse Dom Sergio. Portanto, os bispos do Brasil estão de acordo em que "a paróquia precisa de uma renovação urgente", ligada à articulação de pequenas comunidades, capazes de criar vínculos entre as pessoas. Uma paróquia setorizada, que deve ser missionária. A paróquia comunidade de comunidades, precisa acolher todas as realidades: religiosas, associações, CEBs, pastorais, novas comunidades de vida e aliança, escolas, hospitais, universidades...
Dom Sergio afirmou que “Acreditamos na paróquia como instituição”. Comunidade porque “a vocação cristã se vive em comunidade”, já que na “comunidade é onde estão as relações interpessoais”. Formar comunidades, verdadeiras comunidades e articulá-las entre si.
Questionado sobre a centralização de poder disse Dom Sergio, “A missão do bispo é manter a Igreja fiel ao evangelho, mas não centralizar tudo.” É necessário descentralizar. Isso vai implicar novos ministros porque uma nova paróquia renovada vai precisar também de novos ministros, com nova formação.
Tradução dos textos litúrgicos
Dom Armando disse que “estamos na terceira revisão depois de 1969, quando saiu o texto latino”. “Não se trata só de traduzir ao pé da letra”, comentou, pois Roma “nos pediu uma fidelida ao latim, mas com uma linguagem bela, com um certo nível cultural, mas que seja assessível e bela”. Porém, é um trabalho que exige muita atenção. “Demoramos até meia hora só numa oração, num oremus”, afirmou Dom Dimas, mostrando como o trabalho é feito com muito empenho. E não se pode inventar o texto, já que a fé da Igreja passa e se manifesta pela liturgia. Por isso é importante averiguar palavra por palavra. “A liturgia não é propriedade de ninguém, mas é propriedade da Igreja”.
Diretório para a comunicação da Igreja no Brasil
O diretório servirá para dar umas normas um pouco mais claras, para ser seguidas em todas as nossas comunidades, disse Dom Dimas, presidente da comissão, que conta com 4 bispos, 2 assessores e uma série de especialistas mestres ou doutores na área de comunicação.
Dom Dimas mostrou alguns dos temas abordados no diretórios. Entre outros estão: Os desafios da comunicação na Igreja num mundo em mudança, a comunicação nas redes sociais digitais, a teologia da comunicação, a comunicação e a vivência da fé: catequese, liturgia e caridade, a Igreja e a cultura da mídia, a Relação entre Políticas e comunicação e a Pascom (pastoral da comunicação na Igreja no Brasil).
Fonte: Zenit.org
SAV - Equipe
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