domingo, 29 de janeiro de 2012

Encontros Vocacionais 2012

ENCONTROS DE CONVIVÊNCIA VOCACIONAL – 2012

Os encontros de Convivência vocacional acontecem no Seminário São Camilo, localizado no Ipiranga-SP. São realizados quatro encontros durante o ano. O primeiro será em março: em São Paulo - de 16 a 18 - em Pinhais-PR - 23 a 25 (programado). Para participar, é necessário uma breve entrevista ou contato prévio (i.e. quem deseja participar deverá fazer contato o quanto antes).


“A pastoral vocacional é a atividade desenvolvida pela Igreja a fim de promover no Povo de Deus uma atitude de generosa acolhida dos dons que Deus continuamente lhe dá. Visa de maneira especial aos jovens, ajudando-os a descobrir e a acolher o projeto de Deus a seu respeito (cf. DCVR 42). No contexto camiliano, a pastoral vocacional visa especialmente aos jovens que, ao manifestar germens de vocação, se sentem atraídos a cuidar dos doentes, a trabalhar no mundo da saúde e nas missões.” (cf. Estatuto de Formação, n. 11 e 12, p. 15).

SAV - Equipe

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A vida consagrada, imagem do seguimento de Cristo

Mensagem da Comissão Episcopal Italiana para a 16ª Jornada Mundial da Vida Consagrada
ROMA, segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - "Fazemos um sincero agradecimento pelo testemunho evangélico e pelo serviço à Igreja e ao mundo oferecido por vocês, totalmente consagrados ao seguimento de Jesus Cristo".
Assim começa a mensagem da Comissão Episcopal Italiana publicada em 6 de janeiro, festa da Epifania, para a 16ª Jornada Mundial da Vida Consagrada, que se celebra em 2 de fevereiro de 2012.
"A sua presença carismática e a sua dedicação nos momentos difíceis são uma graça do Senhor, um sinal profético que nunca é apreciado o suficiente", escreve a CEI, pedindo ao clero e à vida consagrada que acolham "cordialmente as orientações pastorais que a Igreja na Itália definiu para esta década".
O tema da jornada é "Educar para a vida santa do Evangelho", um convite que implica "educar-se para a vida santa de Jesus", como um presente e como um compromisso primário de qualquer pessoa que pretenda ser seu discípulo.
São mencionadas na mensagem as palavras de João Paulo II, que, no documento Vita consacrata, escreveu que a consagração da própria vida "é a memória viva do existir e do agir de Jesus como Verbo encarnado na relação com o Pai e com os outros".
A comissão episcopal escreve que o proprium da vida consagrada é reproduzir a forma de vida que Jesus abraçou e ofereceu aos discípulos, uma evangelica vivendi forma, um testemunho fundamental para todas as outras formas de vida cristã, que esboça um caminho ideal "educativo, antropológico e evangélico".
A partir desta perspectiva, os bispos italianos evocam quatro notas, demonstrando a "coerência de vida com a vocação específica" e, ao mesmo tempo, a "fecundidade de um processo assíduo de formação".
A primeira nota indica "o primado de Deus". Assumindo que o principal desafio do nosso tempo é a secularização "que leva à exclusão e à insignificância de Deus e que deixa o homem sozinho com a sua raiva e o seu desespero", como é frequentemente enfatizado por Bento XVI, a CEI destaca a necessidade urgente de uma nova evangelização "que coloque no centro da existência humana o primeiro mandamento de Deus, a confissão da Trindade e a palavra da salvação".
"Na medida em que vocês testemunham a beleza do amor de Deus nas suas vidas transformadas pela beleza da sua santidade, vocês espalham aquele ‘bom perfume divino’ que pode levar a humanidade à sua vocação fundamental: a comunhão com Deus, que todo homem deseja".
O segundo ponto é a fraternidade universal, "sonho de Deus, o Pai de todos", que tem como objetivo a missão de Cristo e dos discípulos de "reunir os filhos dispersos de Deus", muito atual no presente cenário de conflitos "que deterioram as relações humanas".
Citando novamente as palavras do papa João Paulo II ("Para apresentar ao mundo de hoje a sua verdadeira face, a Igreja tem necessidade urgente de comunidades fraternas que, pela sua própria existência, são uma contribuição para a nova evangelização"), os bispos exclamam: "Como é belo o testemunho de Igreja que pode ser oferecido às paróquias, às famílias e aos jovens pela fraternidade autêntica, capaz de respeito, de acolhimento e de apoio!".
Um convite, portanto, às comunidades religiosas para serem escolas de fraternidade "que comprometem os seus membros a aprender ao longo da vida com as virtudes evangélicas: a humildade, o acolhimento dos pequenos e dos pobres, a correção fraterna, a oração em comum, o perdão mútuo, o compartilhar da fé, do afeto fraterno e dos bens materiais", sinais de um amor que "sabe como abrir-se para a Igreja particular, para a Igreja universal e para o mundo".
Segue-se a exortação, na terceira nota, sobre o zelo divino, sobre o modelo de Jesus e dos apóstolos, que, "num mundo apático, dominado pelos instintos e pelas paixões", testemunharam o extraordinário poder que provém do Espírito Santo, "fogo que consome, sarça que arde e que queima, sem nunca ser consumida".
O próprio Bento XVI, dirigindo-se no discurso de 22 de maio de 2006 aos superiores gerais dos institutos de vida consagrada e das sociedades de vida apostólica, disse: "Pertencer ao Senhor significa ser incendiados pelo seu amor ardente, ser transformados pelo esplendor da sua beleza, manter sempre ardente no coração uma chama viva de amor".
É justo com a perda desse zelo que, de acordo com os bispos, devemos nos preocupar, e "não tanto com a diminuição do número de vocações", mas com a "falta do fogo de amor que animava Jesus e os santos", um pretexto para uma vida medíocre.
"Para a nova evangelização, à qual a Igreja é hoje chamada, são necessárias pessoas apaixonadas por Jesus e pela humanidade, sentinelas que saibam interceptar os horizontes da história, das quais Deus, mais uma vez, decidiu servir-se para cumprir o seu desígnio de amor". Novos santos, portanto, principalmente na vida consagrada, "que é desde sempre um laboratório do novo humanismo, um cenáculo de cultura que enriqueceu a literatura, a arte, a música, a economia e a ciência".
Um último pensamento sobre o qual os bispos refletem é o estilo de vida "de essencialidade, de generosidade e de hospitalidade", como sugerido pela pobreza evangélica, e focado na castidade consagrada, que "ajuda a regenerar a sexualidade e a dar ordem e verdadeiro significado aos afetos, orientando-os para um amor fiel e fecundo".
O incentivo final, antes da conclusão da mensagem e da invocação da bênção da Virgem Maria sobre os consagrados, como perfeita discípula e mestra gentil, os convida a viver o zelo divino tal como Jesus viveu, "com a constância e a confiança que venceram as resistências mais duras e superaram os preconceitos mais perversos, e com o amor misericordioso que o levou a entregar-se para todos. Se o Espírito de Jesus habita em nossos corações, nós também podemos fazer o que Ele fez".

Fonte: zenit.org

SAV - Equipe

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

XX DIA MUNDIAL DO DOENTE - 2012

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O XX DIA MUNDIAL DO DOENTE
(11 DE FEVEREIRO DE 2012)

«Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (Lc 17, 19)

Amados irmãos e irmãs
Por ocasião do Dia Mundial do Doente, que celebraremos no próximo dia 11 de Fevereiro de 2012, memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos lugares de cura ou recebem os cuidados das famílias, enquanto manifesto a cada um deles a solicitude e o afecto da parte de toda a Igreja. No acolhimento generoso e amoroso de cada vida humana, sobretudo da frágil e doente, o cristão expressa um aspecto importante do seu testemunho evangélico, segundo o exemplo de Cristo, que se debruçou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para os curar.
1. Neste ano, que constitui a preparação mais próxima para o solene Dia Mundial do Doente, que será celebrado na Alemanha no dia 11 de Fevereiro de 2013 e que meditará sobre a emblemática figura evangélica do bom samaritano (cf. Lc 10, 29-37), gostaria de chamar a atenção para os «Sacramentos de cura», ou seja, o Sacramento da Penitência e da Reconciliação, e o Sacramento da Unção dos Enfermos, que encontram o seu cumprimento natural na Comunhão Eucarística.
O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de são Lucas (cf. Lc 17, 11-19), de maneira particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (v. 19), ajudam a tomar consciência acerca da importância da fé para aqueles que, angustiados pelo sofrimento e pela enfermidade, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele, podem experimentar realmente que quantos acreditam nunca estão sozinhos! Com efeito, no seu Filho Deus não nos abandona às nossas angústias e sofrimentos, mas está próximo de nós, ajuda-nos a suportá-los e deseja curar profundamente o nosso coração (cf. Mc 2, 1-12).
A fé daquele único leproso que, vendo-se purificado, cheio de admiração e de alegria, contrariamente aos demais, vai imediatamente até Jesus para lhe manifestar o próprio reconhecimento, deixa entrever que a saúde readquirida é sinal de algo mais precioso do que a simples cura física, pois constitui um sinal da salvação que Deus nos concede através de Cristo; ela encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou! Quem, no seu próprio sofrimento e enfermidade, invoca o Senhor, está convicto de que o Seu amor nunca o abandona, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da Sua obra salvífica, jamais desfalece. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela deste modo a importância que o homem, na sua integridade de alma e corpo, reveste para o Senhor. De resto, cada Sacramento expressa e põe em prática a proximidade do próprio Deus que, de modo absolutamente gratuito, «nos toca por meio de realidades materiais... que Ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). «Aqui, torna-se visível a unidade entre criação e redenção. Os sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro» (Homilia, Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
A tarefa principal da Igreja é, sem dúvida, o anúncio do Reino de Deus, «mas precisamente este mesmo anúncio deve revelar-se um processo de cura: “...tratar os corações torturados” (Is 61, 1)» (Ibidem), em conformidade com a função confiada por Jesus aos seus discípulos (cf. Lc 9, 1-2; Mt 10, 1.5-14; e Mc 6, 7-13). Por conseguinte, o binómio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma ajuda-nos a compreender melhor os «Sacramentos de cura».
2. Il Sacramento da Penitência esteve com frequência no centro da reflexão dos Pastores da Igreja, precisamente devido à sua grande importância no caminho da vida cristã, uma vez que «toda a eficácia da Penitência consiste em restituir-nos à graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.468). Dando continuidade ao anúncio de perdão e de reconciliação feito ressoar por Jesus, a Igreja não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Ela faz seu o apelo do apóstolo Paulo: «Em nome de Cristo... sejamos embaixadores: através de nós, é o próprio Deus quem exorta. Suplicamo-vos, em nome de Jesus Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Ao longo da sua vida, Jesus anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para incutir esperança também na obscuridade mais profunda do sofrimento e do pecado, para conceder a vida eterna; deste modo, no Sacramento da Penitência, na «medicina da confissão», a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal Reconciliatio et paenitentia, 31).
Deus, «rico de misericórdia» (Ef 2, 4), como o pai da parábola evangélica (cf. Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas espera por eles, procura-os e alcança-os onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e na divisão, chamando-os a reunir-se ao redor da sua mesa, na alegria da festa do perdão e da reconciliação. O momento do sofrimento, no qual poderia surgir a tentação de se abandonar ao desânimo e ao desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para voltar a si mesmo e, como o filho pródigo da parábola, reconsiderar a própria vida, reconhecendo os próprios erros e fracassos, sentindo a saudade do abraço do Pai e repercorrendo o caminho rumo à sua Casa. No seu grande amor, Ele vigia sempre e de qualquer modo sobre a nossa existência, e espera-nos para oferecer a cada um dos filhos que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.
3. Da leitura dos Evangelhos sobressai claramente o modo como Jesus sempre demonstrou uma atenção particular para com os enfermos. Ele não só convidou os seus discípulos a curar as feridas dos mesmos (cf. Mt 10, 8; Lc 9, 2; 10, 9), mas também instituiu para eles um Sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A Carta de Tiago dá testemunho da presença deste gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (cf. 5, 14-16): mediante a Unção dos Enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, a Igreja inteira recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, a fim de que alivie as suas penas e os salve, aliás, exorta-os a unir-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir deste modo para o bem do Povo de Deus.
Tal Sacramento leva-nos a contemplar o dúplice mistério do Monte das oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante do caminho que lhe fora indicado pelo Pai, a senda da Paixão, do supremo gesto de amor, e aceitou-a. Naquela hora de provação, Ele é o mediador, «transportando em si mesmo, assumindo em si próprio o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-os em clamor a Deus, levando-os diante dos olhos e até às mãos de Deus, e assim conduzindo-os realmente até ao momento da Redenção» (Lectio divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de Fevereiro de 2010). Mas «o Horto das Oliveiras é... inclusive o lugar a partir do qual Ele subiu ao Pai, tornando-se assim o lugar da Redenção... Este dúplice mistério do Monte das Oliveiras também está sempre “activo” no óleo sacramental da Igreja... sinal da bondade de Deus que nos toca» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). Na Unção dos Enfermos, a matéria sacramental do óleo é-nos oferecida por assim dizer, «como medicamento de Deus... que agora nos torna seguros da sua bondade e deve revigorar-nos e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, a ressurreição (cf. Tg 5, 14)» (Ibid.).
Este Sacramento merece hoje uma maior consideração, quer na reflexão teológica, quer na obra pastoral em favor dos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não só quando o doente está no fim da própria vida (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1.514), a Unção dos Enfermos não deve ser considerada como que «um sacramento menor» em relação aos demais. A atenção e a cura pastoral pelos enfermos, se por um lado é sinal da ternura de Deus por aqueles que se encontram no sofrimento, por outro traz benefício espiritual também aos sacerdotes e a toda a comunidade cristã, na consciência de que o que fazemos aos mais pequeninos, é ao próprio Jesus que o fazemos (cf. Mt 25, 40).
4. A propósito dos «Sacramentos de cura», santo Agostinho afirma: «Deus cura todas as tuas enfermidades. Portanto, não temas: todas as tuas enfermidades serão curadas... Tu só deves permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos» (Exposição sobre o Salmo 102, 5: PL 36, 1319-1320). Trata-se de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o doente a conformar-se cada vez mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Juntamente com estes dois Sacramentos, gostaria de sublinhar também a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença ela contribui, de maneira singular, para realizar tal transformação, associando aquele que se alimenta do Corpo e do Sangue de Jesus, à oferenda que Ele fez de si mesmo ao Pai, para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial, e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção para garantir a possibilidade de se aproximarem com frequência da Comunhão sacramental àqueles que, por motivos de saúde ou de idade, não podem acorrer aos lugares de culto. Deste modo, a estes irmãos e irmãs é oferecida a possibilidade de revigorar a relação com Cristo crucificado e ressuscitado, participando com a sua vida oferecida por amor a Cristo, na missão da própria Igreja. Nesta perspectiva, é importante que os sacerdotes que exercem a sua obra delicada nos hospitais, nas casas de cura e nas habitações dos doentes se sintam verdadeiros «“ministros dos enfermos”, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve alcançar cada homem assinalado pelo sofrimento» (Mensagem para o XVIII Dia Mundial do Doente, 22 de Novembro de 2009).
A conformação com o Mistério pascal de Cristo, realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, adquire um significado totalmente particular, quando e Eucaristia é administrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam de modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Com efeito a Eucaristia, principalmente como viático, é — segundo a definição de santo Inácio de Antioquia — «remédio de imortalidade, antídoto contra a morte» (Carta aos Efésios, 20: PG 5, 661), sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.
5. O tema desta Mensagem para o XX Dia Mundial do Doente: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!», visa também o próximo «Ano da Fé», que terá início a 11 de Outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os seus conteúdos e para a testemunhar na vida de todos os dias (cf. Carta Apostólica Porta fidei, 11 de Outubro de 2011). Desejo encorajar os doente e quantos sofrem a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e dos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a permanecerem cada vez mais disponíveis à sua celebração para os enfermos. Segundo o exemplo do Bom Pastor e como guias do rebanho que lhes foi confiado, os presbíteros sejam repletos de alegria, atentos aos mais frágeis, aos simples, aos pecadores, manifestando a misericórdia infinita de Deus com as palavras tranquilizadoras da esperança (cf. Santo Agostinho, Carta 95, I: PL 33, 351-352).
Àqueles que trabalham no mundo da saúde, assim como às famílias que nos seus próprios entes queridos veem a Face sofredora do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e o da Igreja a fim de que, na competência profissional e no silêncio, muitas vezes inclusive sem mencionar o nome de Cristo, manifestam-no concretamente (cf. Homilia na Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
A Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, elevemos o nosso olhar confiante e a nossa prece; a sua compaixão materna, vivida ao lado do Filho agonizante na Cruz, acompanhe e sustenha a fé e a esperança de cada pessoa enferma e sofredora ao longo do caminho de cura das feridas do corpo e do espírito.
A todos asseguro a minha recordação orante, enquanto concedo a cada um uma especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 20 de Novembro de 2011, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

BENEDICTUS PP XVI

Fonte: Site do Vaticano

SAV - Equipe

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